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Dormindo com o inimigo



MEDICAMENTOS DO SONO
Dormir com o inimigo






Estudo publicado no “British Medical Journal”
01 Março 2012

Os medicamentos que induzem o sono, os hipnóticos, aumentam cerca de quatro vezes o risco de morte prematura e o risco de desenvolvimento de cancro, dá conta um estudo publicado no “British Medical Journal”.
 
Para este estudo os investigadores do Scripps Clinic Sleep Center, nos EUA, contaram com a participação de 10.531 indivíduos, com média de 54 anos, aos quais tinham sido prescritos vários fármacos hipnóticos, nomeadamente benzodiazepinas, barbitúricos e anti-histamínicos sedativos, durante um período médio de 2,5 anos. A sobrevivência destes pacientes foi comparada com a de 23.500 indivíduos da mesma idade, sexo e estilo de vida, que não tinham tomado este tipo de fármacos durante o mesmo período de tempo.
 
O estudo revelou que, em comparação com os participantes que não tinham tomado hipnóticos, os que tomaram mais de 18 doses por ano, tinham um risco 3,6 vezes maior de morrer, enquanto que os tinham tomado entre 18 a 132 doses por ano, tinham um risco quatro vezes maior de mortalidade. Foi também verificado que os que tomaram mais de 132 doses de hipnóticos por ano tinham um risco de morte cinco vezes maior, em comparação com os indivíduos que não tomaram este medicamento. Apesar de este risco se ter verificado para todas as faixas etárias, foi mais pronunciado para os pacientes que tinham entre 18 e 55 anos de idade.
 
Os investigadores também constataram que os pacientes que tomaram 132 doses, por ano, de hipnóticos também apresentavam um risco 35% maior de desenvolver vários tipos de cancro, nomeadamente do esófago, linfoma, pulmão, cólon e próstata, em comparação com os indivíduos do grupo de controlo.
 
Os autores do estudo assinalaram que estes resultados mostram que há uma associação, e não necessariamente uma causa efeito.
 
Na opinião de um psiquiatra da Zucker Hillside Hospital, nos EUA, “as pessoas não devem deixar de tomar este tipo de fármacos se necessitam deles e se foram prescritos pelos médicos, mas devem estar conscientes que os hipnóticos não devem ser tomados levianamente e há outras alternativas, como deixar de fazer sestas, praticar exercício físico adequado e não ingerir bebidas com cafeína.”
 
Bryan Bruno, do Lenox Hill Hospital, em Nova Iorque, EUA, chama atenção para o uso crónico deste tipo de fármacos, revelando que estes ”podem ser perigosos e idealmente deveriam ser utilizados durante um período curto de tempo. A sua utilização crónica deveria ser evitada, devido aos riscos envolvidos, incluindo a dependência. Eles não são benignos e devem ser utilizados com precaução".
 
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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