Cancro
O que fazer quando lhe for diagnosticado
Ouvir as palavras “Tem um cancro” pode ser um choque, deixando qualquer pessoa atónita. O diagnóstico é muitas vezes inesperado, tornando difícil saber qual o próximo passo a seguir.
Para o ajudar, abordámos o Dr. Otis W. Brawley, médico-chefe da American Cancer Society.
Procure saber os detalhes, mas primeiro…
“Não entre em pânico”, aconselha Brawley. “A raiva, o medo e o questionamento do ‘Porquê eu?’ são reações naturais.”
Após superar o choque inicial, é importante reunir informações relevantes, incluindo as seguintes:
Saiba o tipo de cancro: Pergunte sobre os detalhes patológicos. Por exemplo, os cancros do pulmão têm várias formas. Solicite ao seu médico informações específicas.
Informe-se sobre o estádio do cancro: Isso indica até que ponto a doença se espalhou.
Peça cópias: Solicite uma cópia do relatório patológico e do resumo dos exames de imagem.
Lembre-se que o médico que faz o diagnóstico nem sempre é o responsável pelo tratamento. É comum ser encaminhado para um oncologista.
Procure o apoio de um ente querido
Leve consigo um amigo ou familiar nas consultas médicas. Além de ser um apoio emocional, esta pessoa pode ajudar a compreender e interpretar as informações médicas.
Mesmo que se sinta mentalmente equilibrado, lembre-se de que um diagnóstico deste tipo pode afetar a sua capacidade de processar as informações de forma clara.
Faça perguntas informadas
Brawley sugere algumas perguntas essenciais que pode fazer ao seu médico após o diagnóstico:
Existem exames clínicos comparticipados para este tipo de cancro neste estádio?
Quais os objetivos do tratamento?
Quais os efeitos colaterais e os riscos do tratamento proposto?
Quais são os resultados típicos? Pergunte quantos pacientes submetidos a este tratamento, de 100, estão bem após dois, cinco ou dez anos. Pergunte também quantos estão vivos com a doença ou completamente curados após o tratamento.
Tire o tempo necessário para obter uma segunda opinião
Obter uma segunda opinião pode ajudá-lo a compreender melhor as suas opções e a tomar uma decisão mais informada sobre como proceder. “Sempre que possível, procure uma segunda opinião”, afirma Brawley. “Se um médico se opuser a isso, é um sinal de alerta. Considere consultar um especialista reconhecido no tipo de cancro que tem. Estes médicos são altamente especializados e podem ser mais eficazes no tratamento.”
“Entrevistar médicos não tem nada de errado”, explica Brawley. “Seja criterioso ao escolher quem consultar. Evite médicos que pareçam excessivamente otimistas. O objetivo é encontrar um profissional que baseie o seu tratamento na melhor ciência disponível.”
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