Iodo: um elo crucial na regulação da saúde



Iodo: um elo crucial na regulação da saúde


O iodo é um elemento essencial para a saúde, pois o seu corpo não consegue produzi-lo, sendo necessário obtê-lo através da alimentação. A falta de iodo afeta a glândula tiróide, responsável pela produção de hormonas que promovem o desenvolvimento ósseo e cerebral adequado durante a gravidez e infância. Por isso, é crucial que bebés, grávidas e lactantes obtenham uma quantidade suficiente deste elemento.

A deficiência grave de iodo pode resultar num aumento da glândula tiróide, conhecido como bócio. É importante distinguir o iodo, que ocorre naturalmente, do iodeto, uma molécula de iodo ligada a outro elemento. 

As necessidades diárias recomendadas de iodo variam, desde 110 microgramas (mcg) para bebés até aos 6 meses de idade, até 150 mcg para homens e mulheres acima dos 19 anos. Para grávidas e lactantes, as recomendações são de 220 mcg e 290 mcg, respectivamente.

O iodo demonstrou ser eficaz como antiviral e anti-séptico. Desde a pandemia de gripe de 1918, os cientistas têm estudado métodos para controlar as infecções virais, sendo o iodo uma descoberta relevante. Estudos mostraram que o iodo pode ser eficaz na prevenção da disseminação viral, podendo ser utilizado em máscaras e salas de tratamento.

O iodopovidona tem sido utilizado há mais de 50 anos em hospitais como Betadine, mostrando-se eficaz como antisséptico e desinfetante. Além disso, o iodo é capaz de matar várias classes de patógenos, incluindo bactérias, fungos, leveduras, protozoários e vírus, tornando-se uma opção importante na prevenção de infecções pós-cirúrgicas.

A deficiência de iodo é uma preocupação global, afetando principalmente crianças, grávidas e lactantes. Esta deficiência pode afetar o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso, sendo também associada a doenças da tiróide, como o bócio e o cancro. Por outro lado, o excesso de iodo também pode ter consequências negativas para a saúde, como o hipertiroidismo.

Um desequilíbrio de iodo pode afetar a função da tiróide, que por sua vez influencia outros sistemas do corpo, incluindo o cardiovascular. O hipotiroidismo e o hipertiroidismo são condições que requerem atenção médica, pois podem ter várias complicações se não forem tratadas.

Impacto do hipotiroidismo e hipertiroidismo no coração

  • Hipotiroidismo: esta condição pode resultar em uma diminuição da frequência cardíaca, tornando as artérias menos elásticas e elevando a pressão arterial.

  • Hipertiroidismo: menos comum que o hipotiroidismo, o hipertiroidismo pode acelerar os batimentos cardíacos e levar a ritmos cardíacos anormais, como a fibrilação atrial, onde as câmaras superiores do coração batem de forma desorganizada.

Sinais de alerta do hipotiroidismo:

  • Cansaço: sentir-se constantemente fatigado, mesmo após períodos de repouso adequado.

  • Aumento do peso: ganho de peso inexplicado ou dificuldade em perder peso, apesar de uma dieta equilibrada.

  • Pele ressecada: pele seca e áspera, muitas vezes acompanhada de coceira.

  • Rosto inchado: inchaço facial, especialmente ao redor dos olhos e na área das bochechas.

  • Rouquidão: alterações na voz, tornando-a rouca ou áspera.

  • Afinamento do cabelo: perda de cabelo ou cabelos quebradiços e sem brilho.

  • Frequência cardíaca mais lenta: batimentos cardíacos mais lentos que o normal.

  • Depressão: sentimentos persistentes de tristeza, desesperança ou falta de interesse nas atividades cotidianas.

  • Memória ruim: dificuldade em lembrar informações recentes ou em se concentrar em tarefas.

  • Dor e rigidez nas articulações: sensação de rigidez, dor ou inchaço nas articulações.

  • Dores musculares e fadiga: sensação de fraqueza muscular e cansaço mesmo após atividades leves.

  • Pouca mobilidade intestinal: constipação ou dificuldade em evacuar regularmente.

  • Maior sensibilidade a temperaturas frias: sentir-se excessivamente frio, mesmo em ambientes com temperatura ambiente normal.

  • Menstruações irregulares ou intensas: alterações no ciclo menstrual, incluindo irregularidades ou fluxo menstrual intenso.


Para garantir uma ingestão adequada de iodo, é importante incluir na dieta alimentos ricos neste elemento, como algas, ameixas secas, ovos e sal rosa do Himalaia, sal marinho integral. Além disso, é essencial estar atento aos sinais de deficiência ou excesso de iodo e procurar orientação médica se necessário.

O iodo também pode ser utilizado em casa para prevenir a propagação de vírus, seja através da limpeza de superfícies ou da desinfecção das mãos. No entanto, é importante seguir as recomendações de uso e evitar o excesso, que pode afetar a função da tiróide.

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