Doença de Parkinson
causas, fatores de risco e tratamentos naturais
A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa crónica que afeta o sistema nervoso central, caracterizando-se por tremores, desconforto e rigidez muscular, lentidão de movimentos e instabilidade postural. A origem da doença ainda não é completamente conhecida, mas acredita-se que seja provocada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A perda progressiva de neurónios dopaminérgicos na substância negra do cérebro leva a um desequilíbrio na produção de dopamina, um neurotransmissor essencial ao controlo motor.
Causas e fatores de risco
- Predisposição genética : algumas alterações em genes como LRRK2, PARK7 e PINK1 têm sido associadas ao aumento do risco da doença, embora a maioria dos casos não seja hereditária.
- Exposição a toxinas ambientais : o contato prolongado com pesticidas, herbicidas e metais pesados, como o manganês, pode estar relacionado ao surgimento da doença.
- Hábitos alimentares inadequados : uma dieta pobre em antioxidantes e rica em gorduras saturadas e açúcar, pode aumentar o stress oxidativo, prejudicando a integridade neuronal.
- Processos inflamatórios crónicos : condições que promovem inflamação sistémica podem acelerar a degeneração neuronal.
- Traumatismos cranianos : lesões repetitivas na cabeça têm sido apontadas como um fator de risco significativo.
Tratamentos naturais com base científica
Embora o tratamento convencional com medicamentos como a levodopa continue a ser fundamental, alguns tratamentos naturais demonstraram benefícios complementares:
Dieta equilibrada
- alimentos ricos em antioxidantes, como mirtilos, framboesas, amoras, morangos, arandos, podem reduzir o estresse oxidativo.
- uma alimentação rica em frutas, vegetais, cereais integrais e gorduras saudáveis, como nozes e azeite, está associada à proteção neuronal.
Fitoterapia
- a mucuna pruriens, uma planta que contém levodopa natural, pode aliviar os sintomas motores.
- a curcuma longa, conhecida pelo seu efeito anti-inflamatório e antioxidante, tem sido estudada pelos seus possíveis benefícios neuroprotetores.
- A vitamina D desempenha um papel importante na função neurológica. Embora as evidências sejam controversas, alguns estudos sugerem que a suplementação com vitamina D pode ter efeitos benéficos em pacientes com Parkinson.
- Ómega 3 tem se mostrado indispensável para uma ótima saúde cerebral. Faça a suplementação de preferência com Ómega 3 vegetal que pode encontrar na linhaça.
- a suplementação com coenzima Q10 e vitaminas do complexo B mostrou potencial na preservação das funções específicas.
Exercício físico
- A prática regular de exercícios aeróbicos e de força, pode melhorar o equilíbrio, a mobilidade e reduzir a tensão muscular.
- a reabilitação física é fundamental para manter a funcionalidade motora e a qualidade de vida.
Estimulação cognitiva
- atividades como jogos de memória, leitura e quebra-cabeças podem ajudar a proteger a função cognitiva.
A oração e a doença de Parkinson: existe alguma ligação científica?
Benefícios indiretos da oração para pacientes com Parkinson
Considerações finais
A combinação de tratamentos naturais e convencionais pode contribuir para uma gestão abrangente da doença de Parkinson. É essencial, no entanto, que qualquer intervenção seja supervisionada por profissionais de saúde para garantir segurança e eficácia.
Referências científicas
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- Grimes, D., Fitzpatrick, M., Gordon, J., et al. (2019). Diretriz canadense para doença de Parkinson. Canadian Medical Association Journal , 191(36), E989-E1004.
- Petzinger, GM, Fisher, BE, McEwen, S., et al. (2013). Neuroplasticidade aprimorada por exercício visando circuitos motores e cognitivos na doença de Parkinson. The Lancet Neurology , 12(7), 716-726.
- Dauer, W., & Przedborski, S. (2003). Doença de Parkinson: Mecanismos e modelos. Neuron , 39(6), 889-909.
- Pargament, KI, et al. (2000) . "Enfrentamento religioso e saúde mental entre idosos." Journal of Health Psychology , 5(1), 9-24.
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