Doença crónica Socorro, o meu sistema de auto cura avariou-se

Doença crónica

Socorro, o meu sistema de auto cura avariou-se

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define as doenças crónicas como “doenças de longa duração e progressão geralmente lenta”, e os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) consideram-nas “condições que não curam uma vez adquiridas e que duram 3 meses ou mais”.

Estas definições, embora úteis, não explicam propriamente o que são as doenças crónicas.

Numa abordagem holística, a doença crónica é vista como a falha do sistema de autocura e regeneração do organismo. Ou seja, o corpo tem dificuldades em combater a enfermidade, permitindo-lhe desenvolver características agressivas, progressivas e debilitantes.

Para compreender o funcionamento do sistema de autocura, basta observar uma ferida na pele provocada por um pequeno corte, por exemplo. Com o tempo, a ferida começa a formar uma crosta, cicatriza e deixa uma marca.

Nas doenças crónicas, a capacidade do organismo de se autocurar está reduzida, levando ao desgaste constante da área afetada e dos processos envolvidos na regeneração.

A partir do exemplo da ferida, é possível entender que, se restaurada a capacidade de autocura, uma doença crónica pode regredir. No entanto, pode subsistir alguma incapacidade devido aos danos causados pela doença, como na artrite reumatoide, que pode resultar em deformidades nos dedos.

Então, o que fazer perante uma doença crónica?

O organismo responde bem a tudo o que seja o mais natural possível. O conceito de “natural” é, muitas vezes, mal interpretado, mas é fundamental para a compreensão do processo. Refiro-me a um conjunto de práticas que o ser humano muitas vezes evita, mas que, com esforço e confiança na recuperação, podem fazer a diferença.

Aqui estão algumas sugestões práticas que podem ajudar, já amplamente conhecidas:

• Respirar profundamente – A boa oxigenação é essencial para a vida e a saúde. A falta de oxigénio pode ser fatal. Com a poluição e a respiração superficial, inalamos menos oxigénio. Ao acordar e antes de dormir, faça entre 5 a 10 inalações profundas.

• Beber água – Beba 3 copos de água entre as refeições, nunca durante. Opte por água filtrada e de pH alcalino para melhores benefícios.

• Praticar exercício – Não é necessário ser atleta. Caminhadas de 60 minutos, três a quatro vezes por semana, ou natação são opções eficazes.

• Alimentação saudável – Consuma frutas, legumes, cereais integrais e leguminosas. Evite alimentos processados, optando sempre por alimentos naturais.

• Temperança – Abandone hábitos prejudiciais. Os vícios destroem o organismo.

• Tomar sol – O sol tem benefícios imensos para a saúde física e mental, mas respeite sempre as precauções para evitar queimaduras.

• Repouso adequado – O corpo tem limites. Evite o excesso de esforço e reserve um tempo para o descanso, incluindo um dia por semana para recuperação.

• Reflexão e orientação – Reflita sobre a sua vida e personalidade, e trabalhe em áreas a melhorar. O perdão, a caridade e a fé podem trazer grande alívio e paz interior.

Como começar?

Muitas vezes, os doentes crónicos desistem porque acreditam que as mudanças são difíceis. De facto, são várias as coisas que fazemos de forma errada no nosso quotidiano. Comece por uma mudança pequena que considere mais fácil e pratique-a até se tornar um hábito. Depois, passe para a próxima alteração. Não tente mudar tudo de uma vez, pois isso não costuma resultar. Mudanças graduais, mas constantes, são o caminho.

Por vezes, poderá sentir-se a cair, mas isso faz parte do processo. O importante não é cair, mas sim levantar-se.

Quais os resultados?

Com o tempo, o corpo reagirá às mudanças. Pode parecer que está piorando, mas isso faz parte do processo de recuperação. Mantenha a persistência e os resultados começarão a aparecer.